Centro Universitário FEI: Preparando Engenheiros Para o Amanhã

As intensas transformações tecnológicas, econômicas e sociais proporcionadas pela revolução digital demandam um perfil de engenheiro que combine uma sólida formação técnico-científica com competências comportamentais e profissionais que lhe proporcionem maior grau de autonomia, criatividade e capacidade de aprendizado e adaptação às circunstâncias. Este perfil de egresso é ainda mais importante no caso do Brasil, que ocupou em 2018 o 64º lugar entre 126 países no Índice Global de Inovação (IGI), desempenho considerado fraco e em parte atribuído às deficiências em pesquisa e formação de profissionais em Ciências e Engenharia.

A necessidade de maior competitividade, especialmente na indústria, e a rápida disseminação de novas tecnologias fizeram com que as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) dos cursos de Engenharia fossem revisadas com participação de representações do governo, dos órgãos de classe, da academia e da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) por meio da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) – as novas DCNs das engenharias acabam de ser aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação – CNE em janeiro de 2019 e aguardam homologação do Ministro.

Citando como exemplo o setor automotivo, as inovações recentes envolvem conectividade embarcada, veículos híbridos, elétricos, autônomos, novos materiais e técnicas de fabricação, além do rápido fortalecimento da economia compartilhada (sharing) que se expande rapidamente a outros modais elétricos de mobilidade urbana (patinetes, bicicletas). Ficam evidentes as transformações tecnológicas e seus impactos nos mercados e, naturalmente, na demanda à educação de Engenharia. São novos paradigmas, com novas perguntas e, certamente, novas respostas.

 

Fig.1. Estrutura curricular do curso de Engenharia Mecânica do Centro Universitário FEI

 

Centro Universitário FEI:

É diante de tais desafios que o Centro Universitário FEI, com seus mais de 70 anos de tradição na formação de Engenheiros, dedicou-se por 2 anos ao redesenho e atualização dos cursos de engenharia. Os novos projetos pedagógicos passaram a vigorar em 2019 e valorizam de forma central o desenvolvimento das competências, tanto técnico-científicas como comportamentais, em um contexto de domínio do processo inovador e com alinhamento a uma agenda de futuro pautada pelas grandes tendências das próximas décadas.

A Fig. 1 ilustra a nova estrutura curricular do curso de Engenharia Mecânica da FEI. Além das disciplinas do núcleo comum das engenharias, contemplando as tradicionais disciplinas de Física, Cálculo e Mecânica Geral, e do núcleo transversal, contando com disciplinas como Ecologia e Sustentabilidade, Economia e Ética, ocupa posição central o Núcleo profissional, cujo objetivo principal é a imprescindível formação sólida nos fundamentos da Engenharia Mecânica nos quatro grandes pilares formativos, a saber: Energia e Fluidos, Projeto Mecânico e Materiais, Cinemática e Dinâmica e Processos de Fabricação. A flexibilidade curricular se revela nas disciplinas eletivas e optativas, que em variados momentos do curso, possibilitam aprofundamento em áreas de interesse do aluno tais como Simulação e Otimização Estrutural, Geração e Conversão de Energia e Veículos Autônomos.

O desenvolvimento de uma cultura de inovação e o aprendizado baseado em projetos inspirados em problemas reais da indústria e da sociedade é central no Plano Pedagógico do Curso, sendo contemplados em uma espinha dorsal de componentes curriculares e atividades integradoras que permeia todos os ciclos do curso. Este itinerário fortemente integrado inicia-se com duas disciplinas dedicadas ao processo inovador e a técnicas de criatividade e culmina em Trabalhos de Conclusão de Curso com forte alinhamento às demandas do setor produtivo.

Inclui ainda uma disciplina no início da formação profissional com o objetivo de apresentar e discutir os grandes desafios e contribuições no âmbito da Engenharia Mecânica, três disciplinas de projeto com a função de desenvolver e integrar competências técnicas e comportamentais, duas disciplinas voltadas à modelagem e simulação para solução de problemas e confrontação com resultados experimentais e, finalmente, uma disciplina dedicada ao empreendedorismo e à preparação para a entrada no mercado de trabalho.

Nesta concepção pedagógica, a articulação docente-estudante em um contexto de metodologias ativas e de construção de competências se torna chave no processo de ensino-aprendizagem e o objetivo principal é que os estudantes estejam expostos a problemas multidisciplinares, não estruturados e de alta complexidade que por isso demandam visão crítica, ampliação de repertório e soluções criativas para que tenham alto impacto na sociedade de hoje e do amanhã.

 

Conheça a FEI:

 


Nome do autor: Gustavo Henrique B.Donato

Doutor em Engenharia pela Escola Politécnica da USP e formado em Engenharia Mecânica pela FEI. Coordenador de Inovação do Centro Universitário FEI.

Nome do autor: Marko Ackermann

Doutor pela Universität Stuttgart e formado em Engenharia Mecânica pela Poli-USP, Chefe do Departamento de Engenharia Mecânica do Centro Universitário FEI.

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