Alumínio

Projeto de PD&I reúne IPT e a cadeia produtiva do alumínio

Com financiamento da Embrapii, empresas buscam soluções inovadoras na aplicação do alumínio em veículos; esse é o projeto com maior participação empresarial da história da Instituição.

Quatorze empresas de três segmentos distintos assinaram na manhã de hoje, 1º de outubro, o primeiro projeto da aliança estratégica firmada no início do ano entre a Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). O estudo tem como objetivo desenvolver um sistema para estudo comparativo de juntas de alumínio em estrutura de veículos automotivos.

A parceria em P&D&I envolve empresas do setor produtivo do alumínio, do setor automobilístico e de transporte com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que atua como Unidade Embrapii na área de Materiais de Alto Desempenho. As empresas parceiras no projeto são a Aethra, Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), Esab, Fiat Chrysler Automobiles (FCA), Hydro Extrusion, Iochpe-Maxion, Metalsa, Novelis, Prolind, Randon Implementos e ReciclaBR, além de três apoiadoras: Arconic, FSW Brasil e Lord.

O Laboratório de Processos Metalúrgicos do IPT será o responsável pela execução do projeto. “O conhecimento sobre uniões de materiais leves, como o alumínio, ainda não é profundo e bem divulgado entre as empresas usuárias dessas técnicas. Até mesmo grandes empresas automobilísticas necessitam ampliar o conhecimento básico sobre essas juntas. O estudo vai além da simulação do comportamento das juntas estruturais, estendendo-se à realização de análise comparativa experimental das variações dos processos de união, geometrias e materiais”, explicou a pesquisadora Ana Paola Villalva Braga, coordenadora do projeto.

A simulação de juntas simples com uso de alumínio permite entender as bases de funcionamento das uniões utilizadas em veículos, seu comportamento estrutural e sua durabilidade em serviço. Conhecer de modo mais aprofundado o comportamento físico desses componentes dará subsídios para o desenvolvimento de produtos com melhor desempenho e redução de emissão de poluentes, uma exigência crescente do mercado global. A inovação está no caráter colaborativo dos modelos que serão gerados, eventualmente baseados em modelos preexistentes das empresas participantes.

“O alumínio é um metal bastante leve, resistente e versátil que é consagrado em aplicações tão exigentes como as do setor aeronáutico. Por outro lado, o uso do metal em automóveis é uma vantagem conceitual e tecnológica, especialmente pela redução de peso e sua sustentabilidade”, afirmou ela. “Cem milhões de veículos são fabricados por ano em todo o mundo. Cada um deles pesa na faixa de 1,2 a duas toneladas. A redução de massa, com a utilização de novos materiais, é fundamental para as alterações no processo fabril das montadoras”, completou Jefferson de Oliveira Gomes, diretor-presidente do IPT.

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