A tomada de poder da tecnologia?

O ano novo se inicia com expectativas sobre novas tecnologias e nós nos perguntamos como nossas vidas serão impactadas e influenciadas por elas – se para melhor ou pior. Para ser específico, robôs criados para manufatura estão chegando; na verdade, alguns já estão presentes em indústrias. Permitam-me compartilhar algumas ideias, baseadas em diversas fontes especializadas no assunto, para formar uma perspectiva do que está por vir.

A “revolução robótica” pode ser considerada como a quarta revolução industrial, após o vapor (descaroçador de algodão, Cotton Gin), a produção em massa (Henry Ford) e os produtos eletrônicos. Assim como em épocas passadas, muitos de nós se questionam se estes novos robôs irão roubar nossos trabalhos. Se analisarmos as três revoluções anteriores, podemos dizer com segurança que isto realmente aconteceu em alguns casos limitados, porém, também trouxe novos trabalhos e novas oportunidades.

A revista Fortune caracterizou este momento que estamos vivendo como “o quarto ponto de mudança”, classificação similar à de “quarta revolução industrial”. O primeiro ponto de mudança ocorreu durante o século XIX: substituiu a produção em oficinas artesanais pelas indústrias, maiores e mais eficientes, e diminuiu o valor das habilidades dos artesãos. Na verdade, foi a partir deste primeiro ponto que o mercado de trabalho começou a exigir que os seres humanos atuassem como máquinas. Nas últimas 10 gerações, aprendemos a fazer o trabalho das máquinas melhor do que elas mesmas.

Esta maneira de pensar – a de trabalhar como máquinas – continuou presente no mercado durante o segundo ponto de mudança, exigindo que os trabalhadores fossem ainda mais habilidosos e tivessem melhor formação educacional, de modo a acompanhar os avanços tecnológicos surgidos no século XX. No terceiro ponto de mudança, trabalhadores medianos começaram a perder seus empregos, conforme suas atividades passavam a ser substituídas de maneira mais simples e fácil por computadores. Essencialmente, estes trabalhadores não foram capazes de executar suas atividades melhor do que os computadores que os substituíram.

“Para se ter sucesso, o que precisamos fazer no futuro é parar de tentar ser melhores do que as máquinas e começarmos a agir mais como humanos.”

No atual quarto ponto de mudança, a demanda por habilidades cognitivas parece estar diminuindo, enquanto a busca por habilidades interpessoais está aumentando. O paradigma de realizar o trabalho das máquinas melhor do que elas mesmas está chegando ao fim, uma vez que as máquinas executam algumas atividades melhor do que jamais poderemos fazer. Vamos ver o que isso significa para os trabalhadores da quarta revolução industrial.

Para se ter sucesso, o que precisamos fazer no futuro é parar de tentar ser melhores do que as máquinas e começarmos a agir mais como humanos. Segundo a FORTUNE, continuaremos a ser valiosos ao fazer trabalhos que as pessoas irão insistir para que sejam feitos por humanos.

– Os humanos vão permanecer no controle.
– Humanos precisam trabalhar juntos para alcançar objetivos em comum.
– Somente humanos podem satisfazer necessidades interpessoais profundas.
– De acordo com Meg Bear, vice-presidente do grupo Oracle, “empatia é a habilidade crítica do século XXI”.

Você irá notar que eu tenho usado o termo “atividades” em vez de “empregos” porque um relatório recente da McKinsey indicou que poucas ocupações serão inteiramente automatizadas. Mais precisamente, certas atividades tendem a ser automatizadas, fazendo com que seja necessária uma transformação no mundo de processos e negócios. O relatório discutiu os quatro fundamentos da automação dos locais de trabalho:

– A automação de atividades: é estimado que 45% das atividades de trabalho possam ser automatizadas, junto de um risco de 13%, conforme o desenvolvimento da automação.
– A redefinição de empregos e processos de negócios: o relatório indicou que menos de 5% das ocupações poderiam ser completamente automatizadas, mas 60% das ocupações poderiam ter mais de 30% de suas atividades automatizadas.
– O impacto das ocupações de altos salários: o relatório mostra que mesmo profissionais muito bem pagos (como CEOs, médicos) correrão o risco de ter parte de suas atividades automatizadas.
– O futuro da criatividade e do significado: conforme a automatização substituir as tarefas mais mundanas, as pessoas terão mais tempo para ajudar umas às outras.

Em 2016, a Industrial Heating estará enfatizando as interações humanas relevantes por meio da criação de um comitê executivo. Nós sempre enxergamos nosso papel como o de promover relações, conectando necessidades com aqueles que desejam encontrá-las e ajudando indivíduos a obter mais sucesso. Em uma base quadrimestral, o comitê executivo irá discutir condições de mercado, novidades da indústria, eventos e tópicos que acompanharão a indústria. Isto permitirá o encontro regular da Industrial Heating com executivos-chave para estabelecer relacionamentos que irão melhorar a experiência de trabalho de todos.

Nós não vemos o comitê executivo como uma resposta à automação, no entanto, o modo como a indústria irá responder ao quarto ponto de mudança poderá ser um assunto a ser discutido. Os relacionamentos que iremos estabelecer vão nos ajudar a obter êxito durante o século XXI.

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