Complexo de mineração S11D, da Vale, completa um ano de operação

O Complexo S11D Eliezer Batista completou, neste mês de dezembro, um ano de operação com a estimativa de produzir 22 milhões de toneladas de minério de ferro em 2017. O sistema truckless (conjunto de escavadeira, britadores e correias transportadoras) iniciou sua operação de forma antecipada em relação ao cronograma original do projeto e está performando acima do previsto para o primeiro ano de ramp up. De janeiro a novembro, a produtividade chegou a 6,5 mil de toneladas por hora para uma capacidade de 8 mil de toneladas por hora. Em 2018, a expectativa de produção é de 50 a 55 milhões de toneladas. Em 2019, a previsão é de 70 a 80 milhões, atingindo a capacidade de 90 milhões de toneladas em 2020.

O Complexo S11D inclui mina, usina, logística ferroviária e portuária e recebeu investimentos de US$ 14,3 bilhões.

O S11D permite à Vale reduzir o custo de produção.  A estimativa é de que, em 2020, o custo do minério de S11D entregue no Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), excluindo os royalties, o chamado custo-caixa C1, fique em US$ 7,7 por tonelada – 47% menor que o custo C1 médio da Vale atual.

O investimento no S11D, que compreende mina, usina, ferrovia e porto, é da ordem de US$ 14,3 bilhões, US$ 6,4 bilhões estão sendo aplicados na implantação da mina e da usina e US$ 7,9 bilhões referem-se à construção de um ramal ferroviário de 101 quilômetros, à expansão da Estrada de Ferro Carajás (EFC), com obras no Maranhão e Pará, e à ampliação do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA).

Tecnologia

Uma das principais soluções de produtividade que transformam a mina de S11D em referência em termos ambientais é a adoção do sistema truckless, um conjunto de estruturas composto por escavadeiras e britadores móveis interligados por correias transportadoras que, juntos, somam cerca de 68 quilômetros de extensão. Operando na mina, o sistema substitui os tradicionais caminhões fora de estrada utilizados na mineração convencional. Sem os caminhões, a Vale reduz em cerca de 70% o consumo de diesel, reduzindo a produção de resíduos, tais como pneus, filtros de óleo e lubrificantes.

A usina de beneficiamento utiliza a rota de processamento à umidade natural, que permite reduzir em 93% o consumo de água, o equivalente ao abastecimento de uma cidade de 400 mil habitantes. Outra vantagem é a eliminação de barragens de rejeitos.

Com o truckless, somado ao beneficiamento à umidade natural, a Vale terá uma redução anual de, no mínimo, 50% das emissões de gases do efeito estufa, o que significa cerca de 130 mil toneladas de CO2 equivalentes que deixarão de ser emitidas. Haverá ainda uma economia de 18 mil MWh/ano de eletricidade, o consumo igual ao de 10 mil residências.

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