Preenchendo a escassez de mão de obra

A sorte realmente sorriu para mim. Através de meus anos como editor, tenho exposto para o conhecimento coletivo e comercial de líderes da indústria, atendendo numerosas conferências e exposições comerciais. As lições e experiências recontadas por esses líderes foram muitas e variadas. E ainda, de um ponto de vista operacional, há sempre um aperto que parece tomar cada setor metalúrgico que tenho coberto –  a escassez de trabalhadores qualificados e confiáveis.

Durante minha carreira profissional, eu testemunhei o declínio da importância da fabricação nos Estados Unidos e tenho visto a mudança gradual dos programas educacionais para longe das buscas profissionais. É triste como essas mudanças têm ocorrido, elas correspondem à miríade de fechamentos de fábricas e perdas de trabalhos por meio de todos os tipos de indústrias durante as últimas décadas. Isso aconteceu conforme o mundo mudou seu foco para a Ásia e parte da Orla do Pacífico como sua escolha de fabricantes.

No entanto, a manufatura nos Estados Unidos e na América do Norte ainda é uma grande indústria. A cultura de ênfase na indústria é uma escolha de carreira viável e lucrativa. Contudo, afastou muitos de seguirem-na e criou uma necessidade de trabalhadores qualificados. Isso, unido ao fato de que muitas das pessoas qualificadas na indústria são Baby Boomers (denominação dada às pessoas nascidas entre 1945 e 1964 na Europa, Estados Unidos, Canadá e Austrália) e em breve se aposentarão em grande número, significa que estamos adentrando um tempo de real escassez de pessoal se a indústria pretende se recuperar em grande forma.

Felizmente, as indústrias mais afetadas por essa perda de empregos não têm feito vista grossa para a busca de oportunidades educacionais e programas que possam sustentar suas classes em um futuro indefinido. Os setores metalúrgicos têm formado alianças com muitos colégios e universidades para patrocinar cátedras, departamentos, laboratórios e estágios, mirando o desenvolvimento de programas que aumentariam a linha de futuros funcionários qualificados.

Em meus 10 anos como membro do Conselho Executivo da Faculdade de Tecnologia Industrial da Universidade do Estado de Kent, tive a sorte de fazer parte dos consideráveis esforços escolares para educar e formar estudantes que são necessários para a indústria. Nos bastidores, eu estava prestes a testemunhar o quão seriamente os administradores e a faculdade aceitaram seu desafio de fornecer graduados com as qualificações que os empregadores de fato necessitavam.

A boa nova é que existem muitas escolas tentando fazer o mesmo. E o momento para esses esforços não poderia ser melhor, como ecoou em uma reportagem que li recentemente do Dr. Rassoul Dastmodz, presidente do St. Paul College, uma faculdade técnica em Minnesota. Dr. Dastmodz disse: “A demanda por trabalhadores qualificados em alguns setores da indústria está aumentando em um ritmo muito maior do que as faculdades técnicas de nossa comunidade podem produzir. Quando falamos com os empregadores nas Twin Cities [1], nós claramente sentimos suas aflições sobre a escassez de mão de obra”.

Meu ponto é que a indústria e academia deveriam continuar, ou mesmo estender, suas parcerias entre si a fim de prover oportunidades para aqueles que buscam emprego, estudantes e todo pessoal para que a base industrial possa reviver.

[1] Nota do editor: Nos Estados Unidos, o termo “Twin Cities” se refere às cidades de Minneapolis e Saint Paul, no centro-oeste do estado de Minnesota.

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